Com a pandemia reduzi as visitas e consequentemente as postagens aqui na coluna, procurei fazer serviços que não envolvessem aglomerações e um deles conclui nesta semana, que foi preparar dois roteiros para uma revista que veio fazer um trabalho aqui em Balneário Camboriú para um documentário com o artista Luciano Szafir.

Quando fui procurado pelos diretores da revista, me veio de imediato a ideia de mostrar a história de dois ambientes e dois personagens da cultura da cidade, um pescador e outro historiador. Muitas pessoas conhecem Balneário Camboriú como “Capital do Turismo”, “Maravilha do Atlântico Sul” e agora com os maiores prédios do Brasil está ganhando a alcunha de “Dubai Brasileira”, o que poucos conhecem está escondido por detrás dos morros da Interpraias e no canto da praia central, são duas realidades divididas pelo progresso. Na matéria vou mostrar também como a influência dos vizinhos Blumenauenses colaboraram com o desenvolvimento da praia de Camboriú, hoje Balneário Camboriú.

O historiador, Isaque de Borba fala sobre a história da cidade, ele é autoridade no assunto, tem dezenas de livros escritos, responsável pelo maior arsenal de dados das primeiras famílias da região, ele conta em seus livros fatos e acontecimentos dos primeiros moradores da praia central, como foi descoberta pelos alemães vindos de Blumenau e região, os primeiros ônibus de turismo que causou espanto aos moradores, a forma de negociar com esses veranistas com sotaque alemão querendo comprar de tudo, pães caseiros, leite, peixes, etc. E do outro lado há poucos minutos do centro, na praia de Taquaras tem o pescador que tem como sobrevivência a pesca e agricultura familiar que adotou um estilo de vida junto a natureza e a comunidade.
Hoje tanto em Taquaras como no Canto da praia de Camboriú, agora Pontal Norte, o progresso trouxe um desenvolvimento que escondeu essas partes da história. Poucos sabem que na interpraias tem essa comunidade com ranchos legítimos de pescadores, a cultura de fazer farinha e ainda que na Av. Atlântica tem duas casas de madeiras.

Quem vai relatar isso com detalhes e mostrando o resultado da experiência que é viver Balneário Camboriú, nem que seja por um dia é o Luciano Szafir, agora o mais importante são os personagens dessa história. Soraia Busato, frequentadora da praia de Taquaras, colaborou com relatos.
Quero agradecer a todos que colaboraram com essa ação, quem ganha é Balneário Camboriú por estar mais uma vez na mídia nacional.